jeudi 14 mars 2013

Saudade doi


Ficar longe da família é dose.
Colo de mãe, amor de pai, brigas de irmãos.
Amendoim cozido, arroz branco escorrido, feijão com carne seca quentinho sobre o fogão.

Gentes


Se é só isso, por que ainda estou aqui?
O que há ai fora que me prende dentro de mim?
Um nada tão irritante que dá ânsia
De vômito, por repúdio, desesperança


Me irrita menos o mundo que suas gentes.
Gente besta, inútil, infame, carente.
Que não se enxerga! Não olha pros lados, incapaz de ver
Esse nada que prende a gente dentro de si.
Preciso de café forte, um gole.
Tenho o direito de enlouquecer.

dimanche 10 mars 2013

Baile de passarinho

Eu já aprendi a voar e por isso não quero asas.
Prendo-me firmemente ao chão para a brisa não me levar.
Da janela vejo passar os meus dias, minhas histórias, minhas graças.
Parece-me mais seguro, sem riscos de me estabacar.

Pois aprendi com os passarinhos
- Saudades do meu doce Pastinho!*
Que às vezes densas paredes brancas
Enganam nossos olhos como se fôssemos crianças.

E no êxtase insano do voo
Não vemos um palmo à frente das mãos.
Alegres, cantando, bailando no ar
Batemos a cara na parede, rodopiamos até encontrar o chão.



* Pastinho é o local onde passei minha infância, na zona rural de Mutuípe-Ba.

Fora!



É quando saio de mim que me vejo inteira.
Cacos, vestígios de arte infame, barroca, moderna, alheia
É que me vendo de fora entendo o que há lá dentro.
Me assusto. Calo. Trêmula, entro
Reclusa em mim e em meus firmamentos
Volto pra calmaria
Mostro o que quero
Sou puro acalento.


dimanche 3 juin 2012

Gosto mesmo é de vinho


Gosto de me desligar do mundo.
Encher os pulmões de ar.
Prender a respiração.
Um, dois, três... dez.
Não!
Cadê minha taça de vinho?

dimanche 9 octobre 2011

Que fale agora ou se cale para sempre

Faz um tempão que prometíamos a nós mesmos e a todos, mas não cumpríamos. É no que dá dois fissurados no trabalho inventarem de se casar e viver juntos (quiçá felizes) para sempre.

Mas agora rolou. Matamos o sentimento de culpa, saímos de nossas salas durante algumas horas e demos o primeiro passo rumo ao altar.

Foi na última segunda-feira (03), no cartório Borges, em Ourilândia do Norte, interior do Pará. Eu e Welson, um mais nervoso que o outro, e nossas testemunhas assinamos alguns papeis e, dentro de um mês, poderemos agendar a data para nosso casamento civil... o religioso só no próximo ano.

Enquanto isso, nossos nomes estão expostos numa espécie de mural de casamentos lá na entrada do cartório, junto aos de outros casais felizes que também querem amarrar o parceiro para sempre no laço do matrimônio.

Se alguém tem algo contra esse casamento, corre! Até o dia três de novembro dá para contestar. Mas que fale agora ou se cale para sempre! =)

jeudi 25 août 2011

Vida nova no Pará

Eu gosto de começar pelo começo, mas adianto que, como costumeiro, o final é a parte mais feliz desta história.

Parafraseando Cássia Eller, quando criança, eu levava uma vida sossegada, gostava de sombra e água fresca. Na adolescência não mudou muita coisa, só fiquei mais chatinha e estressada e amava escrever contos, poemas e estórias. Aos 16 anos, tinha uma dúvida: cursar letras? Aos 17 tomei a decisão: quero ser jornalista. No ano seguinte, comecei a faculdade e um querido professor cujo nome prefiro omitir, no primeiro dia de aula, aconselhou a turma: “queridinhos, se vocês querem ter sucesso na vida e ganhar dinheiro, saiam dessa sala e procurem outra profissão”. Alguns o fizeram, mas eu ainda acreditava na vida e no meu talento, tinha certeza que poderia chegar longe.

Passaram-se quatro anos de faculdade e eu continuava acreditando no meu talento, mas já ponderava se meu professor queridinho tinha razão. Salvador, capital baiana cujo adjetivo mais pertinente me parece ser “cidade provinciana”, é um mundinho muito fechado, desestimulante, com espaço para poucos. Os muitos que se contentassem com nada ou quase nada. Eu não queria “quase nada” e me recusava a aceitar empreguinhos mixurucos. Mais uma decisão: fazer bicos para ir sobrevivendo enquanto estudo para concursos públicos federais.

Comecei a fazer mestrado em Cultura e Sociedade, área para a qual me bandeei durante a graduação. Meu foco de estudo era as políticas públicas para a diversidade cultural do Canadá. Fiz uma seleção de nível internacional e consegui uma bolsa oferecida pelo governo canadense para passar alguns meses estudando na Universidade de Montreal, Quebec.

As coisas começavam a dar certo. E melhoraram. Nem bem terminei de comemorar o resultado da bolsa canadense, fui chamada para mais uma entrevista no Pará, referente a um processo seletivo para integrar a equipe de comunicação regional da Vale que eu vinha fazendo há alguns longos meses. Sinceramente, eu já havia desistido – mil entrevistas por telefone, skype, escritas, presenciais e nenhuma resposta definitiva. Ainda assim, coloquei a mochila nas costas e embarquei. A viagem, que estava prevista para durar dois dias, chegando num dia e voltando no seguinte, acabou se prolongando um pouco. Fiquei na casa dos meus sogros durante alguns longos dias para fazer os exames admissionais. Voltei a Salvador e uma semana depois estava novamente no Pará - tempo suficiente para arrumar a mala e pegar a cuia, me despedir dos meus pais, parentes e alguns amigos, bater asas e voar.

Como eu acreditava, cheguei longe sim, muito longe, aqui em Ourilândia do Norte, há sei lá quantos e quantos km distantes de Salvador. Estou aqui há quase dois meses e tudo vai bem e tende a melhorar. O que vejo à frente? Além das nuvens de poeira, grandes desafios, muito trabalho, bons resultados e oportunidades. Já me sinto adaptada, mas ainda tenho uma carga enorme de informações para absorver - tenho sede.

Claro, não posso deixar de falar das coisas do coração. Apesar de esta oportunidade ter antecipado os planos, desta ou de outra forma eu estava fadada a vir morar no Pará. Eu e meu amorgueco Welson planejávamos nos casar no início de 2012. E dá pra aguentar? Não, senhor. Que chegue outubro!

Vixe, como eu sou feliz!

jeudi 26 mai 2011

Brochante

Luz amena
Páginas empoeiradas retiradas de dentro de uma velha caixa
Onde eu costumava guardar textos já lidos,
Missões já cumpridas,
Batalhas já vencidas,
Um passo adiante em uma guerra que tinha limite mínimo de quatro anos para findar.
Acabou.
E não sinto saudade -
Aliás, nem poderia senti-la.
Vitoriosa, sigo, errante, pelo mesmo caminho.
Lições didaticamente aprendidas,
Mas e daí?
Ontem baixei um livro de Allan Kardec.
Olhei as primeiras páginas,
Mas não as li
Medo do novo?
Do que não sei se entenderia?
Pode ser...
Medo de mim.
É que às vezes tenho sonhos
E às vezes esses sonhos concretizam-se.
...
Tenho vontade de entender.
E receio.
Vou fugir de Kardec por uns dias.
Enquanto isso, me concentrarei aqui com aquelas velhas páginas empoeiradas,
Buscando atrativos para gozar uma leitura brochante.
Cultura, crítica, massa, cultura, indústria, ideologia, cultura, reificação, dialética, fetiche, cultura, consumidor, semiformação, alienação, cultura.
E mais um ano e meio de batalha e serei mestre.
(E daí?)


Préférez-vous lire en français? Voilà!


Lumière douce
Pages poussiéreuses enlevés de l'intérieur d'une vieille boîte
Où j'avais l'habitude de garder des textes déjà lus,
Des missions déjà accomplies,
Des batailles déjà réussies,
Un pas en avant dans une guerre qui avait le limite minime de quatre ans pour finir.
Et voilà, on y est arrivé
Et je ne sens pas de nostalgie -
D'ailleurs, je ne la pourrais pas sentir.
Vainqueur, je continue, en manquant, par le même chemin.
Leçons didactiquement apprises
Mais et alors?
Hier, j'ai téléchargé un livre de Allan Kardec.
J'ai regardé leurs premières pages,
Mais je ne les ai pas lus
C’est à cause de la peur de la nouveauté?
De ce que je ne sais pas trop si je comprendrais bien?
Peut être ...
La peur de moi.
C'est juste que parfois je fais des rêves
Et parfois, ces rêves se concrétisent.
...
J’ai envie de comprendre
Et crains.
Je vais m’enfuir de Kardec pendant quelques jours.
Pendant ce temps, je vais me concentrer ici avec ces pages poussiéreuses,
En cherchant attractivé pour jouir une lecture peu passionnante.
Culture, masse, critique, culture, industrie, idéologie, culture, réification, dialectique, fétichisme, culture, consommateurs, érudition, aliénation, culture.
Et encore plus un an et demi de bataille et je vais être un maître.
(Et alors?)

vendredi 8 avril 2011

Conversa em monólogo

Eu quase nunca rezo, mas ontem, antes de dormir
Sentei na cama e, sem muita intimidade,
Conversei com Ele.
Receosa e um tanto envergonhada, pedi, quase implorei
Não permita que meu coração tenha um colapso.
Em seguida, deitei na cama e chorei.
Não sei que horas dormi – simplesmente apaguei.
Ao acordar, olhos inchados
Banho gelado
Café amargo
E lá vou eu começar mais um dia qualquer.

jeudi 7 avril 2011

Pouco a pouco, lentamente


Às vezes sinto vontade de desabafar tão profundamente que calo.
Tenho medo de chocar pessoas normais que não me entendem.
... Sinto que estou subtraindo meus dias.
Preciso de minha ajuda ou vou implodir.

Eu quero. Mas não pode, Josci (!)

Não sei o porque (aliás, bem sei), mas tenho pensado repetidamente em desistir, em abandonar tudo. M’enfuir.
Sem fingir, nem explicar ou mentir.

O fato é que cada vez menos tenho projetos (leia-se sonhos) e  os poucos que me restam não parecem valer tanta agonia.
Não quero, não posso, não aguento mais – bate o desespero.

Reconheço que minha alma pobre, fraca e raquítica ainda luta.
Envergonha-se em ter que a derrota assumir. E, embora cercada por todos os lados, busca uma brecha.
Infeliz, recusa-se a pedir arrego.

Mas agora já não dá mais pra conter.
Aquela alma inocente que um dia imaginou-se intocável rende-se a coisas pequenas, perante as quais sente-se tão humanamente frágil.

Passo em seguida a um momento de introspecção.
Duvido de tudo. Em nenhum sentimento creio. Derrubo as bases sólidas que minhas fantasiosas esperanças construíram.

Me olho no espelho. Vejo um imenso entulho – lixo? Me apavoro. Choro. Imploro:
Por favor, tende piedade.

Eu não sei quem pode me ajudar. Não sei nem mesmo se há alguém que pode, ou se quero. Tenho certeza apenas que gostaria de desistir – de mim.
“Mas não podes, Filha, não deves".

lundi 4 avril 2011

À l'intention de mon bébé

(By Josci =)

Maintenant un sourire
Une envie d'être juste à ta côté
De comprendre ce que tu voulais me dire
De tout oublier et donc t'aimer


A tradução deste poema está em "comentários"
La traduction de ce poème est dans l'espace pour les commentaires

vendredi 1 avril 2011

Blessée

(By Josci =)

Le bon Dieu complique les choses.
Si je ne mérite pas la vie,
L’enlèvez de moi.

A tradução está em "comentários"
La traduction est dans l'espace pour les commentaires

jeudi 31 mars 2011

Parece um desabafo. Quem dera fosse um poema

(By Josci =)


Não entendo por que o céu tanto me destrata.
Muitas vezes penso que aquele que chamam de "deus"
É uma criatura pequena, mesquinha, sem coração
Que me recrimina, me pune, se afasta
E me convence de que não mereço estar sobre este chão.

Será que sou punida por duvidar
De tão grande majestade, vossa excrescência
Que faz sentir-me um monstro por não acreditar
Nas invisíveis provas de sua existência?

Ou será que eu, pobre criatura,
Fui escolhida a dedos pra não dar certo?
Juro. Não entendo - confesso amedrontado
Não tenho forças. Não quero ter credo.

Mas se tento render-me às tentações sombrias e reconfortantes que me acariciam,
Choro.
Digo sim, mas não me entrego.
Deito-me. Antes de domir, oro. 
Ao acordar, raramente rezo.



lundi 10 janvier 2011

C'est urgent

Je n'ai pas besoin d'un petit pansement, j'ai besoin d'un plan.

mercredi 27 octobre 2010

Le Canada et le Brésil renforcent leurs liens dans le domaine de l’enseignement supérieur

Le ministre d’État aux Affaires étrangères (Amériques), l’honorable Peter Kent, a annoncéle 22 octobre que le Canada et le Brésil ont signé un protocole d’entente visant à améliorer la mobilité universitaire et la coopération dans le domaine des sciences.

« Ce protocole d’entente ouvre de nouvelles possibilités aux relations du Canada avec une puissance économique et politique en émergence, a déclaré le ministre d’État Kent. En encourageant une collaboration accrue et une multiplication des échanges entre chercheurs et institutions canadiens et brésiliens, le protocole encouragera l’innovation et favorisera la prospérité dans les deux pays. »

« Ce nouveau protocole d’entente dans le domaine de l’enseignement supérieur entre le Brésil et le Canada jette les assises d’une coopération plus étroite entre les universités et collèges des deux pays, a pour sa part déclaré l’ambassadeur du Brésil au Canada, M. Paulo Cordeiro de Andrade Pinto. Le protocole complètera l’accord dans les domaines de la science, de la technologie et de l’innovation entré en vigueur en avril 2010. Nous disposons maintenant du cadre voulu pour aider les scientifiques, professeurs et étudiants canadiens et brésiliens à poursuivre leurs activités pour le bénéfice de nos sociétés. »

Le protocole offre de nouvelles occasions en ce qui concerne la recherche, les échanges universitaires, les bourses de courte durée et autres activités de la communauté universitaire dans les deux pays.

Ce protocole vient s’ajouter à plusieurs autres instruments bilatéraux axés sur la coopération, notamment l’Accord-cadre de coopération entre le Canada et le Brésil en matière de science, de technologie et d’innovation, signé en novembre 2008.

Le premier appel de propositions pour le programme « Bourses Canada-Brésil : Projets conjoints » sera bientôt lancé dans le cadre du nouveau protocole. Les projets de recherche sélectionnés devront être le fruit de la collaboration entre équipes d’universités canadiennes et brésiliennes et faciliter la mobilité des étudiants diplômés.

Pour en savoir davantage, prière de consulter les pages Bourses internationales ou Ambassade du Canada au Brésil.

mercredi 15 septembre 2010

Festival littéraire Québec en toutes lettres: un feu d'artifice d'activités



Gilles Pellerin, le grand manitou du festival Québec en toutes lettres
Lancé par l'écrivain, enseignant et éditeur Gilles Pellerin, Québec en toutes lettres sera dédié à l'auteur argentin Jorge Luis Borges. Manière pour les gens d'ici de célébrer un démiurge du monde des lettres et le 200e anniversaire de l'indépendance de l'Argentine.
Doté d'une bourse de 250 000 $, générosité des contribuables de la ville de Québec, cette grande fête de la littérature s'étendra sur une dizaine de jours, mobilisera une cinquantaine d'artistes en autant de lieux et présentera 85 activités. Les unes gratuites, la plupart, et les autres payantes.

Quel genre, ces activités? Des rencontres, des animations, des ateliers de discussion, du cinéma, du théâtre, de la musique, des défis d'écriture, des lectures publiques, des arts visuels, des expositions photographiques, de la bande dessinée, une nocturne de poésie, des activités familiales, etc.

Sans compter celles, connexes, qui se grefferont à ce festival. Par exemple des lancements de livres ou des séances de signatures.

Bref, du 14 au 24 octobre, ce sera un véritable feu d'artifice d'activités.

Il faut préciser que plusieurs d'entre elles n'ont rien à voir avec Borges, comme le dévoilement du Prix des abonnés des bibliothèques de Québec. Ni avec la littérature, comme l'invitation qui est lancée à tous et à toutes de venir danser le tango à la place d'Youville.

À croire que les organisateurs de ce premier festival littéraire ont noté tout ce qui se passait à Québec pendant une dizaine de jours afin de regrouper tout ça sous un seul et même chapeau.


Pour connaître l'ensemble de la programmation, consultez le site www.quebecentouteslettres.com

vendredi 10 septembre 2010

Le retour de madame Josci

Ça fait déjà beaucoup de temps que je ne m’arrête pas devant l’ordinateur pour y écrire n’importe quoi avec ou sans mon âme et mes sentiments. Mais maintenant je suis là plus une fois et j’espère avoir du temps pour continuer à y montrer mes pensées, mes tristesses, mon bonheur.

Je pense que c’est l’heure d’utiliser cet espace pour y creer des choses insensées et rigoler avec moi même - j’ai abandonné l’idée d’inviter n’importe qui pour m’aider. Personne ne s’interesse pas à ce que ne lui appartient pas, alors pour quoi m'aider?

Je suis chaque fois plus convaincue que l’homme est um animal, une bête sans coeur et même sans cerveau. Moi, peut être, je suis une exception :D

Bien.. j'écris rien avec rien donc c'est meilleur boire du café et laisser ce blog pour demain. Je suis vraiment fatiguée. À bientôt!

jeudi 9 septembre 2010

Le Chant des voyageurs

De Octave Crémazie (1827-1879)

A nous les bois et leurs mystères,
Qui pour nous n'ont plus de secrets !
A nous le fleuve aux ondes claires
Où se reflète la forêt,
A nous l'existence sauvage
Pleine d'attraits et de douleurs !
A nous les sapins dont l'ombrage,
Nous rafraîchit dans nos labeurs.
Dans la forêt et sur la cage
Nous sommes trente voyageurs.

Bravant la foudre et les tempêtes
Avec leur aspect solennel,
Qu'ils sont beaux ces pins dont les têtes
Semblent les colonnes du ciel !
Lorsque privés de leur feuillage
Ils tombent sous nos coups vainqueurs,
On dirait que dans le nuage
L'esprit des bois verse des pleurs.
Dans la forêt et sur la cage
Nous sommes trente voyageurs.

Quand la nuit de ses voiles sombres
Couvre nos cabanes de bois,
Nous regardons passer les ombres
Des Algonquins, des Iroquois.
Ils viennent ces rois d'un autre âge,
Conter leurs antiques grandeurs
A ces vieux chênes que l'orage
N'a pu briser dans ses fureurs.
Dans la forêt et sur la cage
Nous sommes trente voyageurs.

Puis sur la cage qui s'avance
Avec les flots du Saint-Laurent,
Nous rappelons de notre enfance
Le souvenir doux et charmant.
La blonde laissée au village,
Nos mères et nos jeunes soeurs,
Qui nous attendent au rivage,
Tour à tour font battre nos coeurs.
Dans la forêt et sur la cage
Nous sommes trente voyageurs.

Quand viendra la triste vieillesse
Affaiblir nos bras et nos voix,
Nous conterons à la jeunesse
Nos aventures d'autrefois.
Quand enfin pour ce grand voyage,
Où tous les hommes sont rameurs,
La mort viendra nous crier : Nage !
Nous dirons bravant ses terreurs :
Dans la forêt et sur la cage
Nous étions trente voyageurs.

mercredi 27 mai 2009

Le soleil de ma matin

Texte apresenté dans le concours du slam, à l'Alliance française, Salvador-ba hier soir... et oui, je suis triste, je pleure encore, j'ai perdu le concours :'(



Par Josciene Santos


Le soleil s’élève par l’horizont.

Il semble être un beau jour de mai.

Dans mon bras, mon petit fils,

Ça fait déjà 6 ans qu’il est né

De détail en détail,

Il me raconte les dessins des nuages dans le ciel:

Un grand éléphant camouflé de chameau,

Une pyramide plus Jolie que La tour eifel.

Ce que mes yeux aveugles ne peuvent plus regarder,

Mon fils aide ma tête à les imaginer.

Et a chaque mot qu’il dit,

C’est comme si j’avais de nouveau le pouvoir

De voir.

Si sa bouche ne se ferme pas,

Ne s’arrête pas,

Mes pensées marchent encore plus vite.

C’est un train contre une charette

Qui ne s’arrête, qui ne s’arrête, qui ne s’arrête pás.

Qui conduit ce train?

C’est pas mes yeux, mais ma vision.

Et mon regard va plus loin…

Je vois ce que je ressens:

L’envie d’aller ailleur, Toucher le soleil, La lune,

Faire une bise aux étoiles, Être leur capteur.

Courrir, danser, regarder dans vos yeux sans me tromper de direction//

Sera ça possible?

Quelqu’un a dit: Il faut désirer pour y arriver.

Je complète: il faut désirer, rêver, lutter sans conditions.

Lutter contre le temps, envers les préjugés, contre la file, la désinformation, l’égoisme, la peur.

Affronter ma peur.

Demain sera un autre jour .

Il y aura sûrement un soleil, mais deux matins.

Une jeune fille quitte ce monde et m’offre ses yeux pour un meilleur lendemain

Mais il faut attendre, me dit l’homme en blanc,

On ne sait pas encore si vous êtes compatible.

Anxiété indescriptible!

Je sens mes expressions se transformer à chaque mot que le médicin dicte.

Je l´écoute, mais je ne comprend rien.

Je ne fais qu’imaginer son visage, Le mouvement de sa bouche, ses gestes.

Comme si j’étais mon petit fils qui desinne sur les nuages,

J’essaie de voir la forme des mots compliqués de son language.

Code génétique : deux rangées de petites balles liés par des traces

Génome: celui-ci est plus dificille. J’en ai marre!

J’abandonne ce jeu, mais je garde l’éspoir.

Je rêve de ce jour dont, en faisant un clic de l’óeil, je pourrai lire dans vos regards plusieurs histoires.

Rien n’est sûr.

Mais l’espoir doit être pèrenne, même si la vie est si incertaine.

Dans ce monde ceux qui ont des yeux peuvent tout regarder

Mais le claire de terre, même avec les yeux fermés, je peux l’imaginer, le toucher.