dimanche 9 octobre 2011

Que fale agora ou se cale para sempre

Faz um tempão que prometíamos a nós mesmos e a todos, mas não cumpríamos. É no que dá dois fissurados no trabalho inventarem de se casar e viver juntos (quiçá felizes) para sempre.

Mas agora rolou. Matamos o sentimento de culpa, saímos de nossas salas durante algumas horas e demos o primeiro passo rumo ao altar.

Foi na última segunda-feira (03), no cartório Borges, em Ourilândia do Norte, interior do Pará. Eu e Welson, um mais nervoso que o outro, e nossas testemunhas assinamos alguns papeis e, dentro de um mês, poderemos agendar a data para nosso casamento civil... o religioso só no próximo ano.

Enquanto isso, nossos nomes estão expostos numa espécie de mural de casamentos lá na entrada do cartório, junto aos de outros casais felizes que também querem amarrar o parceiro para sempre no laço do matrimônio.

Se alguém tem algo contra esse casamento, corre! Até o dia três de novembro dá para contestar. Mas que fale agora ou se cale para sempre! =)

jeudi 25 août 2011

Vida nova no Pará

Eu gosto de começar pelo começo, mas adianto que, como costumeiro, o final é a parte mais feliz desta história.

Parafraseando Cássia Eller, quando criança, eu levava uma vida sossegada, gostava de sombra e água fresca. Na adolescência não mudou muita coisa, só fiquei mais chatinha e estressada e amava escrever contos, poemas e estórias. Aos 16 anos, tinha uma dúvida: cursar letras? Aos 17 tomei a decisão: quero ser jornalista. No ano seguinte, comecei a faculdade e um querido professor cujo nome prefiro omitir, no primeiro dia de aula, aconselhou a turma: “queridinhos, se vocês querem ter sucesso na vida e ganhar dinheiro, saiam dessa sala e procurem outra profissão”. Alguns o fizeram, mas eu ainda acreditava na vida e no meu talento, tinha certeza que poderia chegar longe.

Passaram-se quatro anos de faculdade e eu continuava acreditando no meu talento, mas já ponderava se meu professor queridinho tinha razão. Salvador, capital baiana cujo adjetivo mais pertinente me parece ser “cidade provinciana”, é um mundinho muito fechado, desestimulante, com espaço para poucos. Os muitos que se contentassem com nada ou quase nada. Eu não queria “quase nada” e me recusava a aceitar empreguinhos mixurucos. Mais uma decisão: fazer bicos para ir sobrevivendo enquanto estudo para concursos públicos federais.

Comecei a fazer mestrado em Cultura e Sociedade, área para a qual me bandeei durante a graduação. Meu foco de estudo era as políticas públicas para a diversidade cultural do Canadá. Fiz uma seleção de nível internacional e consegui uma bolsa oferecida pelo governo canadense para passar alguns meses estudando na Universidade de Montreal, Quebec.

As coisas começavam a dar certo. E melhoraram. Nem bem terminei de comemorar o resultado da bolsa canadense, fui chamada para mais uma entrevista no Pará, referente a um processo seletivo para integrar a equipe de comunicação regional da Vale que eu vinha fazendo há alguns longos meses. Sinceramente, eu já havia desistido – mil entrevistas por telefone, skype, escritas, presenciais e nenhuma resposta definitiva. Ainda assim, coloquei a mochila nas costas e embarquei. A viagem, que estava prevista para durar dois dias, chegando num dia e voltando no seguinte, acabou se prolongando um pouco. Fiquei na casa dos meus sogros durante alguns longos dias para fazer os exames admissionais. Voltei a Salvador e uma semana depois estava novamente no Pará - tempo suficiente para arrumar a mala e pegar a cuia, me despedir dos meus pais, parentes e alguns amigos, bater asas e voar.

Como eu acreditava, cheguei longe sim, muito longe, aqui em Ourilândia do Norte, há sei lá quantos e quantos km distantes de Salvador. Estou aqui há quase dois meses e tudo vai bem e tende a melhorar. O que vejo à frente? Além das nuvens de poeira, grandes desafios, muito trabalho, bons resultados e oportunidades. Já me sinto adaptada, mas ainda tenho uma carga enorme de informações para absorver - tenho sede.

Claro, não posso deixar de falar das coisas do coração. Apesar de esta oportunidade ter antecipado os planos, desta ou de outra forma eu estava fadada a vir morar no Pará. Eu e meu amorgueco Welson planejávamos nos casar no início de 2012. E dá pra aguentar? Não, senhor. Que chegue outubro!

Vixe, como eu sou feliz!

jeudi 26 mai 2011

Brochante

Luz amena
Páginas empoeiradas retiradas de dentro de uma velha caixa
Onde eu costumava guardar textos já lidos,
Missões já cumpridas,
Batalhas já vencidas,
Um passo adiante em uma guerra que tinha limite mínimo de quatro anos para findar.
Acabou.
E não sinto saudade -
Aliás, nem poderia senti-la.
Vitoriosa, sigo, errante, pelo mesmo caminho.
Lições didaticamente aprendidas,
Mas e daí?
Ontem baixei um livro de Allan Kardec.
Olhei as primeiras páginas,
Mas não as li
Medo do novo?
Do que não sei se entenderia?
Pode ser...
Medo de mim.
É que às vezes tenho sonhos
E às vezes esses sonhos concretizam-se.
...
Tenho vontade de entender.
E receio.
Vou fugir de Kardec por uns dias.
Enquanto isso, me concentrarei aqui com aquelas velhas páginas empoeiradas,
Buscando atrativos para gozar uma leitura brochante.
Cultura, crítica, massa, cultura, indústria, ideologia, cultura, reificação, dialética, fetiche, cultura, consumidor, semiformação, alienação, cultura.
E mais um ano e meio de batalha e serei mestre.
(E daí?)


Préférez-vous lire en français? Voilà!


Lumière douce
Pages poussiéreuses enlevés de l'intérieur d'une vieille boîte
Où j'avais l'habitude de garder des textes déjà lus,
Des missions déjà accomplies,
Des batailles déjà réussies,
Un pas en avant dans une guerre qui avait le limite minime de quatre ans pour finir.
Et voilà, on y est arrivé
Et je ne sens pas de nostalgie -
D'ailleurs, je ne la pourrais pas sentir.
Vainqueur, je continue, en manquant, par le même chemin.
Leçons didactiquement apprises
Mais et alors?
Hier, j'ai téléchargé un livre de Allan Kardec.
J'ai regardé leurs premières pages,
Mais je ne les ai pas lus
C’est à cause de la peur de la nouveauté?
De ce que je ne sais pas trop si je comprendrais bien?
Peut être ...
La peur de moi.
C'est juste que parfois je fais des rêves
Et parfois, ces rêves se concrétisent.
...
J’ai envie de comprendre
Et crains.
Je vais m’enfuir de Kardec pendant quelques jours.
Pendant ce temps, je vais me concentrer ici avec ces pages poussiéreuses,
En cherchant attractivé pour jouir une lecture peu passionnante.
Culture, masse, critique, culture, industrie, idéologie, culture, réification, dialectique, fétichisme, culture, consommateurs, érudition, aliénation, culture.
Et encore plus un an et demi de bataille et je vais être un maître.
(Et alors?)

vendredi 8 avril 2011

Conversa em monólogo

Eu quase nunca rezo, mas ontem, antes de dormir
Sentei na cama e, sem muita intimidade,
Conversei com Ele.
Receosa e um tanto envergonhada, pedi, quase implorei
Não permita que meu coração tenha um colapso.
Em seguida, deitei na cama e chorei.
Não sei que horas dormi – simplesmente apaguei.
Ao acordar, olhos inchados
Banho gelado
Café amargo
E lá vou eu começar mais um dia qualquer.

jeudi 7 avril 2011

Pouco a pouco, lentamente


Às vezes sinto vontade de desabafar tão profundamente que calo.
Tenho medo de chocar pessoas normais que não me entendem.
... Sinto que estou subtraindo meus dias.
Preciso de minha ajuda ou vou implodir.

Eu quero. Mas não pode, Josci (!)

Não sei o porque (aliás, bem sei), mas tenho pensado repetidamente em desistir, em abandonar tudo. M’enfuir.
Sem fingir, nem explicar ou mentir.

O fato é que cada vez menos tenho projetos (leia-se sonhos) e  os poucos que me restam não parecem valer tanta agonia.
Não quero, não posso, não aguento mais – bate o desespero.

Reconheço que minha alma pobre, fraca e raquítica ainda luta.
Envergonha-se em ter que a derrota assumir. E, embora cercada por todos os lados, busca uma brecha.
Infeliz, recusa-se a pedir arrego.

Mas agora já não dá mais pra conter.
Aquela alma inocente que um dia imaginou-se intocável rende-se a coisas pequenas, perante as quais sente-se tão humanamente frágil.

Passo em seguida a um momento de introspecção.
Duvido de tudo. Em nenhum sentimento creio. Derrubo as bases sólidas que minhas fantasiosas esperanças construíram.

Me olho no espelho. Vejo um imenso entulho – lixo? Me apavoro. Choro. Imploro:
Por favor, tende piedade.

Eu não sei quem pode me ajudar. Não sei nem mesmo se há alguém que pode, ou se quero. Tenho certeza apenas que gostaria de desistir – de mim.
“Mas não podes, Filha, não deves".

lundi 4 avril 2011

À l'intention de mon bébé

(By Josci =)

Maintenant un sourire
Une envie d'être juste à ta côté
De comprendre ce que tu voulais me dire
De tout oublier et donc t'aimer


A tradução deste poema está em "comentários"
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vendredi 1 avril 2011

Blessée

(By Josci =)

Le bon Dieu complique les choses.
Si je ne mérite pas la vie,
L’enlèvez de moi.

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jeudi 31 mars 2011

Parece um desabafo. Quem dera fosse um poema

(By Josci =)


Não entendo por que o céu tanto me destrata.
Muitas vezes penso que aquele que chamam de "deus"
É uma criatura pequena, mesquinha, sem coração
Que me recrimina, me pune, se afasta
E me convence de que não mereço estar sobre este chão.

Será que sou punida por duvidar
De tão grande majestade, vossa excrescência
Que faz sentir-me um monstro por não acreditar
Nas invisíveis provas de sua existência?

Ou será que eu, pobre criatura,
Fui escolhida a dedos pra não dar certo?
Juro. Não entendo - confesso amedrontado
Não tenho forças. Não quero ter credo.

Mas se tento render-me às tentações sombrias e reconfortantes que me acariciam,
Choro.
Digo sim, mas não me entrego.
Deito-me. Antes de domir, oro. 
Ao acordar, raramente rezo.



lundi 10 janvier 2011

C'est urgent

Je n'ai pas besoin d'un petit pansement, j'ai besoin d'un plan.